| Resumo : |
Estudos divulgados pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil do Governo Federal do Brasil demonstram que a demanda pelo transporte aéreo de passageiros vem crescendo continuamente. Ainda, de acordo com as projeções de demanda realizadas e divulgadas pelo mesmo Ministério em 2018, os Terminais de Passageiros dos principais aeroportos do País estarão saturados a partir de 2025. Algumas pesquisas indicam que a utilização de conceitos que agregam flexibilidade aos espaços são uma alternativa economicamente interessante e operacionalmente viável para lidar com essas questões. Sob o ponto de vista econômico, a vantagem é a adequação do espaço já existente às novas necessidades sem realizar grandes mudanças físicas, enquanto a vantagem operacional se materializa por meio do ganho de capacidade de atendimento e processamento de passageiros. O conceito de flexibilidade utilizado no planejamento espacial dos aeroportos é algo recente e verifica-se que na literatura existente muito se discute acerca de definição dessa concepção e das possibilidades de aplicações práticas de características que viabilizem aos Terminais de Passageiros Aeronáuticos facilidade de adaptações físicas conforme oscilações de demanda. Apesar disso, ainda existe uma lacuna acadêmica direcionada para a avaliação da eficiência da utilização dos princípios de flexibilidade no layout aeroportuário e dos resultados gerados. Isto posto, o presente trabalha analisa a influência da flexibilidade do layout na eficiência da área de check-in de Terminais de Passageiros de 13 aeroportos brasileiros mais movimentados do País. A pesquisa realizada examina a eficiência relativa das características de flexibilidade adotadas através da aplicação da técnica da Análise por Envoltória de Dados (DEA), sugerindo que alterações na área construída envolvendo o percentual da área ocupada pelo check in apresentam maior peso nos índices de eficiência. Além disso, os resultados indicam que para os aeroportos considerados ineficientes alcancem a fronteira de eficiência: (i) o percentual da área ocupada pelo check in em relação a área total construída deve ser próximo de 6,6%; (ii) o número de balcões utilizados para os procedimentos de check in deve ser em torno de 80 unidades; e, (iii) o tempo de espera em fila para realização do check in deve ser de até 6 minutos. Do ponto de vista prático os principais resultados gerados podem servir de subsídios para tomada de decisões em situações que exijam ajustes físicos dessas áreas. Do ponto de vista teórico, observou-se que a pesquisa realizada é capaz de identificar, dentro do conjunto de aeroportos analisados, os terminais mais eficientes e os critérios que geram maior eficiência física no processamento de passageiros. |