Resumo : |
A necessidade da determinação da profundidade de uma fundação existente é problema frequente na Engenharia Civil e decorre da indisponibilidade de projetos originais ou de informações pouco confiáveis a respeito daquilo que já fora executado. Em virtude do desconhecimento do comprimento de estacas, por exemplo, é muito comum desconsiderá-las nos cálculos e imediatamente projetar-se um reforço de fundação ou uma fundação completa de substituição - soluções viáveis tecnicamente, porém, em muitos casos, antieconômicas. Neste contexto, a presente pesquisa, apresenta propostas teóricas, experimentais e numéricas para a determinação da profundidade de fundações profundas a partir de ensaios geofísicos, Paralelo Sísmico (PS) e de Perfilagem Magnética (PM) - ainda pouco explorados no Brasil. Ademais, no âmbito internacional, destaca-se o ineditismo do presente trabalho em trazer a abordagem do ensaio PM conforme a chamada "magnetização remanente" - diferentemente da abordagem usualmente proposta no mundo, que se refere à "magnetização induzida". Para o ensaio PS, foram ainda realizadas modelagens numéricas em elementos finitos de modo a simular a execução e resultado do ensaio. A modelagem foi executada para avaliação de uma fundação isolada e também de um bloco com estacas. Buscou-se variar a aplicação do golpe em diferentes sentidos e a condição do solo no que diz respeito a saturação para fins comparativos. Destaca-se que para a modelagem do bloco estaqueado com ênfase no ensaio PS, também não há registro na literatura internacional - o que também torna a pesquisa pioneira. No quesito experimental, a pesquisa apresenta três diferentes estudos de casos onde se realizaram ambos os ensaios PS e PM: dois deles na avaliação de tubulões a céu aberto e o terceiro caso em um bloco de fundações em estacas do tipo raiz. A interpretação dos resultados a luz dos diferentes métodos possibilitou avaliar a aplicabilidade e eficácia destes ensaios geofísicos na determinação do comprimento de fundações existentes. |