| Resumo : |
Este trabalho consiste no estudo de indicadores capazes de apresentar uma avaliação ambiental de rochas artificiais, focando em sua produção, especificamente em um contexto brasileiro, utilizando para isso técnicas de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Dessa forma, os principais objetivos são a elaboração de um Inventário do Ciclo de Vida (ICV) do produto; a modelagem do sistema de produto; e a seleção de indicadores a partir da Avaliação de Impactos do Ciclo de Vida (AICV). A metodologia aplicada definiu-se pelo escopo cradle to gate (do berço ao portão) e, através do uso do software OpenLCA e da base de dados Ecoinvent, foram selecionados os métodos CML-IA e EPS 2015dx de AICV para o cálculo dos impactos ambientais. As categorias utilizadas foram: acidificação, potencial de aquecimento global (GWP100), depleção de recursos abiótico, depleção de recursos abióticos (combustíveis fósseis), depleção da camada de ozônio (DCO), toxicidade humana, ecotoxicidade terrestre, ecotoxicidade aquática (água doce), ecotoxicidade aquática (marinha), eutrofização, oxidação fotoquímica, casos de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave. A coleta de dados primários foi realizada a partir da parceria com uma empresa do setor de rochas artificiais e, com os resultados obtidos, foi possível identificar os processos e insumos que mais contribuíram para cada uma das categorias de impacto analisadas. A resina poliéster e o aglomerante silano tiveram grande representatividade nos resultados, compondo juntos uma média de quase 80% de contribuição aos impactos do processo produtivo. Notou-se ainda a importância de um banco de dados brasileiro e/ou métodos específicos para aplicações brasileiras de técnicas de ACV, sendo que o incentivo e investimento à consolidação do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil) pode representar um grande avanço rumo ao desenvolvimento de metodologias de ACV brasileiras. |