| Resumo : |
O aeroporto de Vitória-ES, situado na baixada Espírito-Santense, apresenta um sistema de drenagem composto por canais de condução, sistema clássico. Com a previsão de expansão do sítio aeroportuário e consequentemente com o excesso de impermeabilização do solo, ocorre a progressiva perda do armazenamento natural, bem como transformações no solo, na hidrografia, na vegetação, no ar e no clima. Dessa forma, a proposta deste trabalho é analisar a aplicação de técnicas compensatórias em drenagem no aeroporto de Vitória, realizando uma comparação com o sistema de drenagem convencional. O desenvolvimento da dissertação de mestrado seguiu a metodologia em uma pesquisa sobre o tema de Técnicas Compensatórias em Drenagem, abrangendo para isso: caracterização e identificação da área de estudo, verificação de dados disponíveis, levantamento de dados complementares, compilação de todos os dados, desenvolvimento dos cálculos para aplicação das técnicas compensatórias na área de estudo, comparação dos resultados com a proposta inicial de drenagem da área e proposição de cenários com aplicação das técnicas compensatórias ao sítio aeroportuário. Como objetivo principal, buscou-se contribuir para os estudos da aplicação de técnicas compensatórias em drenagem em sítios aeroportuários brasileiros. Os resultados obtidos mostraram claramente que o processo de expansão do aeroporto transforma as características do solo, da vegetação, sobretudo no ciclo da água e consequentemente no sistema de drenagem. O incremento nas áreas impermeáveis com a expansão do aeroporto foi de 45,21%, aumentando significativamente a vazão à jusante. Ainda nos resultados, constatou-se que a permeabilidade do solo da região do aeroporto, no valor de 0,011685 cm/s ou 420,66 mm/h, corroborou as características da baixada espírito-santense e o tipo do solo de classificação arenosa. Constatou-se que com a utilização dessas medidas compensatórias a vazão de pico na bacia de contribuição 1 reduziu em torno de 40%, e que na bacia de contribuição 3 a vazão de pico reduziu em torno de 60%. Além disso, a bacia de contribuição 2 foi totalmente atendida pelas técnicas compensatórias, deixando de gerar uma vazão de pico a jusante de 12,67m³/s e 14,56m³/s para os tempos de recorrência de 10 e 25 anos, respectivamente. |