| Resumo : |
A aplicação de ferramentas de modelagem e simulação é amplamente utilizada para o desenvolvimento e validação de novos conceitos de gestão do espaço aéreo e de procedimentos com objetivo de auxiliar nos processos de tomada de decisões. A Gestão Dinâmica do Espaço Aéreo tem sido cada vez mais estudada por meio dessas ferramentas, tendo o uso flexível do espaço aéreo chamado atenção por ser uma possível alternativa para expandir as limitações e reduzir os congestionamentos nas Áreas de Controle Terminal (TMA), seja através da reconfiguração dos setores ou até mesmo das aerovias. Por meio de simulações em tempo acelerado (Fast Time), o presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito da flexibilização das aerovias entre as TMA São Paulo e Rio de Janeiro de acordo com a cabeceira em uso no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos (SBGR) e no Aeroporto de Congonhas (SBSP) sobre o tempo em rota, o consumo de combustível e a emissão de CO2 pelas aeronaves, assim como quantificar os custos e os ganhos financeiros das companhias aéreas nessas rotas. O trabalho foi realizado a partir da criação de novos procedimentos de chegada (STAR) e saída (SID) nos cinco principais aeroportos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, a partir da utilização das regras de tráfego aéreo, com as devidas separações entre aeronaves e relevo. O estudo mostrou que é possível reduzir os custos das companhias aéreas por meio da otimização das rotas, assim como o tempo em rota para os passageiros que realizam a principal rota brasileira, interligando os dois estados supracitados. Foi possível obter uma redução de 2,18% no consumo de Querosene de Aviação (QAV), o que equivale a 3.744 de toneladas de combustível, representando uma economia de R$ 5.825.180,90 ao ano apenas com combustível, e um total de R$ 3.458.676,06 considerando todos os custos com manutenção e gastos com tripulantes e um total de 9.283.856,96 kg de CO2 emitidos, considerando o número de voos realizados no ano de 2015. |