Resumo : |
O presente trabalho tem como objetivo tratar da construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, trazendo informações sobre aspectos econômicos, de produção e consumo energético. Ele procura também, identificar os benefícios e em contrapartida os custos sócio-ambientais, procurando tratá-los qualitativa e quantitativamente. Apesar das características geográficas e hidrológicas brasileiras favorecerem o emprego da energia hidroelétrica, existem fatores que tornam o empreendimento alvo de discussão. O diagnóstico sobre os impactos físicos e sócio-ambientais apresentados no Estudo de Impacto Ambiental do empreendedor não é claro. Além disso, os custos de construção, linhas de transmissão e dos programas de mitigação do Relatório de Viabilidade são controversos. A Eletronorte afirma que o empreendimento terá capacidade de geração de 11.181,3 MW e área de abrangência de 440 km². Embora a energia firme divulgada seja da ordem de 4.700 MW, há estudos que apontam um valor de cerca de 1.172 MW. Para elaboração de uma avaliação sócio-econômica-ambiental de construção do Complexo utilizou-se como expediente a Análise Custo Benefício. Como resultado verificou-se que a viabilidade de implantação do empreendimento esta diretamente ligada à condição da energia firme a ser gerada. Tal situação deixa claro que são necessários levantamentos e estudos mais acurados sobre os diversos aspectos apontados no trabalho com relação a região de implantação, pois um problema ainda maior passa a existir e se agravar quando temos estudos incipientes, restritos ou com informações desencontradas, promovendo desgastes da opinião geral sobre o projeto. |